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Liderança 4.0
Como liderar na era da Indústria 4.0

Liderança 4.0 <br/> Como liderar na era da Indústria 4.0

O economista Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, no primeiro parágrafo de seu instigante livro “A quarta revolução industrial” apresenta-nos uma realidade marcada pelo galopante advento de uma nova era onde “enfrentamos uma grande diversidade de desafios fascinantes; entre eles, o mais intenso e importante é o entendimento e a modelagem da nova revolução tecnológica, a qual implica nada menos que a transformação de toda a humanidade. Estamos no início de uma revolução que alterará profundamente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”.

O que é Indústria 4.0 e qual é o novo modelo de liderança?

“Quarta revolução industrial” ou “Indústria 4.0” são os termos dados ao atual momento sócio, político e econômico que vivemos, a era da tecnologia que impulsiona um mundo de máquinas conectadas com sistemas inteligentes, onde a robótica, nanotecnologia, internet of things, impressão 3D e até dinheiro digital, entre outros, dominam e trazem ao mesmo tempo, o bônus e ônus da novidade, pois, nunca houve um momento tão potencialmente promissor e perigoso.

Entender tudo isso nos mostra que esta revolução não se trata apenas de uma extensão da terceira revolução e como a própria palavra denota, revolução é uma mudança social, muitas vezes, de forma abrupta. Na década de 30, em plena segunda revolução industrial, na era da indústria automobilística, existia uma intenção velada de tentar transformar o ser humano em um robô, como podemos ver no filme “Metrópolis” do alemão Fritz Lang, ou fazer com que o homem fosse parte de uma linha de produção até ser “consumido pela máquina”, como no filme “Tempos modernos” de Chaplin. Hoje, a quarta revolução deixa clara outra intenção - a de dar aos robôs as habilidades de seres humanos. Seria o advento dos quase humanos, ou pelo menos um protótipo do que já vislumbra como o pós-humano, em que já não se sabe onde começa o homem e termina a máquina ou começa a máquina e termina o homem.

Esta nova revolução nos mostra a necessidade de rapidez com profundidade, ou seja, não adianta apenas ser ágil, é preciso ter conteúdo. As informações estão cada vez mais rápidas, superficiais e não há tempo para digeri-las ou ter um aprofundamento específico. Por isso, os sistemas inteligentes visam filtrar todas as informações e entregá-las, ou pelo menos é assim que deveria ser mais organizadas e à disposição.

'O que mais se vê na atualidade é que ainda existe e persiste um clima de rapidez superficial nas organizações e rapidez superficial conduz à mediocridade e o mundo está repleto de pessoas rápidas e medíocres'

Aliás, este é o propósito da disruptiva empresa Google, “organizar as informações do mundo”. Mas isso ainda não foi conquistado. O que mais se vê na atualidade é que ainda existe uma rapidez superficial nas organizações; rapidez superficial conduz à mediocridade e o mundo está repleto de pessoas rápidas e medíocres. Este é o ônus das informações que não possuem filtro, como dizia o físico Albert Einstein: “Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse a nossa interação humana e o mundo terá uma geração de idiotas”.

Portanto, é preciso tomar cuidado quando o assunto é informação. Não basta apenas ser rápido e disruptivo, é necessário que haja precisão. Cabe ressaltar aqui também que o termo “disruptura” vem do inglês “disruption” e significa “desmoronamento”. Este termo vem sendo utilizado com muita ênfase no Vale do Silício, na Califórnia, onde empresas disruptivas como Apple, Google, Uber, AirBnB, Netflix foram concebidas.

Estas empresas em pouquíssimo tempo conquistaram e “desmoronaram” outras empresas gigantes e líderes no mercado, justamente pelo investimento em tecnologia de ponta aliado a estratégias de negociação com altíssima competitividade. Não adianta apenas ser rápido, é preciso “desmoronar” e impactar mentes à seguirem seus passos. Esta velocidade com amplitude e profundidade tem causado um impacto sistemático que está mudando a forma como trabalhamos, vivemos, nos relacionamentos uns com os outros e consequentemente como lideramos.

Como as empresas poderão se adaptar à nova era da indústria 4.0?

Empresas disruptivas possuem líderes disruptivos ou, melhor, líderes disruptivos constroem e sedimentam organizações disruptivas. É uma via de mão dupla, um alinhamento sistêmico de propósito entre a liderança e sua organização, abrangendo toda uma cultura corporativa engajada para objetivos comuns que solucionem problemas e necessidades massivas.

Salim Ismail, um dos co-fundadores da Singularity University, autor do livro “Organizações exponenciais” utiliza um frase simples que traduz este momento em que as lideranças precisarão adotar uma nova postura nas organizações, “Quando você achar óbvio, já é tarde”. Na capa de seu livro, Salim nos faz refletir de forma quase inquisitiva “Por que estas empresas, ou organizações exponenciais, são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas?”.

Eu acredito que um novo modelo de líder deverá emergir e poderá ser guiado pelo questionamento provocativo que fará a si mesmo e aos seus liderados “Como poderemos moldar este admirável mundo novo?” ou “Como poderemos nos moldar para este admirável mundo novo?” fazendo aqui uma alusão ao livro“Admirável mundo novo”de Aldous Huxley.

Como liderar na era da Indústria 4.0? 

Como líderes, precisaremos compreender e assumir que a tecnologia não é uma força externa, sobre a qual não temos controle. Não é uma questão de aceitação condicional, trata-se de uma opção que pode ser muito bem-vinda se soubermos aproveitá-la, sendo inteligentes para moldá-la ao nosso favor.

E o que torna estas empresas diferentes das demais? É a sua liderança? Empresas disruptivas possuem líderes disruptivos porque líderes disruptivos constroem e sedimentam organizações disruptivas. É uma via de mão dupla, um alinhamento sistêmico de propósito entre liderança e sua organização, abrangendo toda a cultura corporativa.

Salim Ismail, um dos co-fundadores da Singularity University, autor do livro “Organizações exponenciais” utiliza uma frase simples que traduz este momento em que as lideranças precisarão adotar uma nova postura nas organizações, “Quando você achar óbvio, já é tarde”. Já na capa de seu livro, Salim nos faz refletir de forma quase inquisitiva: “Por que estas empresas, ou organizações exponenciais são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas?”.

O que é Liderança 4.0 ?

Como líderes, precisamos compreender e assumir que a tecnologia não é uma força externa, sobre a qual não temos controle. Não é uma questão de aceitação condicional. Trata-se de uma opção que pode ser muito bem-vinda se soubermos aproveitá-la, sendo inteligentes para moldá-la ao nosso favor.

A Liderança 4.0 será uma mola propulsora para as organizações exponenciais e esta é uma das características mais marcantes deste novo modelo de líder que apresento em “Liderança Inspiradora 4.0”. Líderes disruptivos são inconformados, não aceitam a óbvia lógica do domínio da máquina sobre o homem. Afinal, quem foi mesmo que inventou a máquina?

Quanto mais rápido, mais se erra e, portanto, quanto mais rápido se erra, mais rápido chega-se ao acerto, simples assim. Como dizia o futurista Alvin Toffler, “O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Quanto mais rápido a nova liderança assimilar o que é preciso para eliminar o medo do novo, mais rápido estará adaptada à nova realidade.

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Meu nome é Edson De Paula, sou doutorando e mestre em Psicologia pela PUC e Palestrante Especialista em Comunicação e Comportamento Organizacional. Mais de 1500 empresas já foram impactadas pelos meus conteúdos em palestras e treinamentos.

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