O que é felicidade segundo a Psicologia Positiva?
Por mais que se estude ou por mais que a psicologia positiva e outras áreas das ciências do comportamento humano tenham pesquisado incansavelmente esse tema, procurando dar luz à razão, felicidade e bem-estar ainda podem ser considerados como algo muito subjetivo, de entendimento e interpretação inerente a cada ser humano. Os estudos da psicologia, por quase um século, focaram toda sua atenção na compreensão do sofrimento humano, tentando entender suas origens e pesquisando métodos para poder aliviar o sofrimento dos pacientes.
Ou seja, a princípio, não houve uma preocupação focada unicamente nos aspectos positivos das emoções, excetuando alguns estudos da linha humanista da psicologia, que já traziam uma visão mais positiva do ser humano. Porém, no final da década de 90, um grupo de psicólogos resolveu estudar uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas e com isso surgiu a psicologia positiva, que tem na felicidade humana seu objeto principal de estudo. Assim, a psicologia positiva pode ser considerada a primeira e significante tentativa de entender a felicidade e o bem-estar sob o ponto de vista científico.
Por que a Psicologia Positiva é considerada a 'ciência do bem-estar'?
Felicidade para você pode ser representada por algo externo, por exemplo, ficar contemplando o sorriso de uma criança, ou por algo interno, como um pensamento que lhe faz conectar com um sentimento positivo. Mas existem alguns caminhos interessantes que, possivelmente, conduzem uma certa “ciência da felicidade e sucesso”. Há um entendimento do que é ser feliz e de como se orientar para uma vida mais feliz e com bem-estar.
Você já sentiu uma sensação de intenso bem-estar? Momentos em que se sentiu em êxtase, imerso em profunda alegria e satisfação? Toda e qualquer felicidade que você deseja encontrar na sua vida já está e sempre esteve dentro de si, porque ser feliz é uma questão de escolher ser feliz, muito mais do que ficar buscando a felicidade nas coisas da vida.
Como exercitar o 'bem-estar' psicológico?
Cada vez que você escolhe, por exemplo, ficar irritado porque está esperando sua vez chegar na fila de um banco, você está fazendo a escolha de se afastar de um estado de felicidade. Ou seja, para cada minuto de irritação, um minuto a menos de felicidade em sua vida. Seja honesto consigo mesmo, se algo ou alguém o desagradar, escolha seguir em frente, escolha deixar isso de lado, afinal, a vida não poderá agradá-lo sempre.
Se você tiver coragem para admitir confiar em si mesmo, mesmo quando se sente inseguro com algo, se tiver a capacidade de sorrir mesmo quando estiver com vontade de chorar, se conseguir falar mesmo quando sua voz estiver embargada, se procurar dar o que é preciso mesmo quando não tem o que dar, então você está no caminho certo para ter um estado de espírito de felicidade. O seu contentamento só irá depender de você, pois a felicidade está dentro de você, portanto, escolha ser o melhor que você puder ser para si mesmo.
Dicas para aumentar sua felicidade autêntica:
• Nunca opte por se comparar aos outros, nunca tente ser melhor do que alguém, pois ao se comparar deixará de ser esse ser humano autêntico e único que você é.
• Escolha passar sua vida ao lado de pessoas divertidas, que sabem brincar com a vida, pessoas agradáveis, de humor inteligente e não sarcástico, que são orientadas para ser felizes e, por isso, são bem-sucedidas em tudo o que fazem.
• Bons relacionamentos sempre irão auxiliar você a ser mais e melhor do que já é. Busque cercar-se de pessoas que são motivadas para ser felizes.
• Fique ao lado de pessoas que você admira e respeita, mas que saibam também admirá-lo e respeitá-lo.
Encontre uma pessoa feliz e perceberá que ela "sonha com os olhos abertos"
Quando você sabe apreciar tudo aquilo que possui, se valoriza e também valoriza aquilo que os outros possuem. Assim, admira ao invés de invejar. Muitas vezes, o que nos atrapalha a felicidade é, exatamente, ficarmos acreditando naquilo que não somos ou que supostamente acreditamos ser. Essa é a principal razão para que tantas pessoas desistam de seus sonhos, pois temos a propensão de ficar olhando o quanto ainda nos resta a alcançar, em vez de olharmos tudo aquilo que já conquistamos e o quanto caminhamos positivamente na vida.
Tenho observado pela minha experiência profissional como palestrante comportamental que as pessoas que se dedicam, que lutam por alguma causa importante, como construir uma família, aprender uma nova competência, são muito mais felizes do que as pessoas que não possuem sonhos, ou seja: encontre uma pessoa feliz e perceberá que ela sonha com os olhos abertos.
A importância do propósito
Quando você descobre um propósito em sua vida, um sonho a ser conquistado, e se dedica com paixão para obter aquilo que almeja, começa a construir um possível caminho para sua felicidade.
A premissa básica dessa nova ‘ciência da felicidade’, a psicologia positiva, é reforçar um conceito de que, quando reforçamos emoções positivas, conseguimos nos contentar com o nosso passado, sermos felizes no momento presente e, com isso, ter esperança para o futuro. Para isso, precisamos nos conhecer mais, nos apossarmos das nossas melhores forças de virtude, nossos pontos fortes.
Um outro grande avanço nessa área foi a abordagem neurocientífica que amparou essas pesquisas da psicologia positiva, pois as neurociências têm contribuído para possibilitar estudos mais detalhados sobre o funcionamento do cérebro humano.
O que é Neuroplasticidade?
Além dos aspectos comportamentais, também podem ser analisadas, na atualidade, as correlações fisiológicas da felicidade ou quais áreas específicas do nosso cérebro são mais envolvidas ou beneficiadas com as emoções positivas. Acredita-se que o nosso cérebro pode, inclusive, mudar ao longo das nossas vidas, como um resultado direto de nossas experiências emocionais. Isso é chamado de neuroplasticidade.
Essa plasticidade neural nos permite aprender continuamente, independentemente da nossa idade. Se é verdade que aprendemos mais em tenra idade (na infância), mais verdadeira ainda é a ideia de que podemos aprender em idades avançadas, só depende do nosso esforço em treinar o cérebro.
Então, se o nosso cérebro pode ser mudado pelas nossas experiências emocionais, por que não exercitarmos mais experiências emocionais positivas em nossas vidas?
Felicidade também pode ser treinada?
Precisamos nos esforçar para melhorar os nossos hábitos negativos, com muita paciência e força de vontade. Aprender a ser feliz exige um esforço voluntário da nossa parte, uma vez que a felicidade não é permanente, mas momentânea. É preciso ter um interesse genuíno no ato de descobrir o que nos torna mais felizes, pois os estímulos são diferentes para cada tipo de pessoa. Por exemplo, um jogador de futebol pode sentir felicidade quando comemora um gol, enquanto que um monge budista pode sentir esse mesmo sentimento quando ora ou medita.
Assim sendo, precisamos aprender a identificar os momentos de felicidade e ampliá-los ao máximo, procurando cultivar emoções positivas, criando um sentido mais amplo para a nossa vida, pois, ser feliz é, destarte, saber curtir a viagem, não é chegar rápido ao destino.
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Meu nome é Edson De Paula, sou doutorando e mestre em Psicologia pela PUC e Palestrante Especialista em Comunicação e Comportamento Organizacional. Mais de 1500 empresas já foram impactadas pelos meus conteúdos em palestras e treinamentos.
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