Neste artigo tenho como objetivo principal dissertar a respeito da essência feminina, que bem equilibrada constitui o novo perfil da mulher do século 21. Uma mulher vencedora em todos os aspectos de sua vida profissional e também pessoal.
Primeiramente, faz-se necessário ressaltar que essência é tudo aquilo que dá existência à nossa realidade: você só sabe que um morango existe quando sente o sabor dele, quando entende qual é a função da essência da natureza do morango.
Ou seja, quando você pergunta “O que é isso?” significa que deseja saber qual é a essência de algo e do mesmo modo quando pergunta “Quem sou eu?”, significa que está buscando entender qual é a sua essência. Portanto, saber qual é a sua essência suporta a sua existência neste mundo.
Para entender a essência feminina precisaremos viajar no tempo há algumas dezenas de milhares de anos quando os homens ainda habitavam nas cavernas. Naquela época as sociedades humanas eram matricentrais, ou seja tudo, exatamente tudo, girava em torno da figura feminina, pois a mulher era o símbolo máximo da fertilidade, da vida.
Desde a época das cavernas, cabia ao homem a caça e pesca para prover o alimento para sua prole, portanto a essência masculina é provedora, coletora. Já as mulheres, que cuidavam dos seus filhos, eram as guardiãs da sua cria, além disso buscavam frutas e ervas para complementar a alimentação, teciam roupas, cuidavam da habitação, portanto a essência feminina é, primitivamente, cuidadora e protetora.
Tanto que estas mulheres cuidadoras e protetoras ficavam atentas a qualquer mudança de comportamento de seus filhos e das pessoas mais próximas, como mudanças bruscas de temperamento, choro, gritos que poderiam representar fome, tristeza, dor e foram, com certeza, as primeiras terapeutas da história da humanidade.
Dando um salto para era agrícola, mulheres já cuidavam do plantio, enquanto os homens foram diminuindo a caça, pois passaram a criar seus próprios animais em cativeiro e, neste momento histórico, desenvolveram o ato de trocar e negociar aquilo que produziram, passaram a ser produtores invés de coletores. Já na era industrial, os homens criam as indústrias e, consequentemente, as mulheres continuam, literalmente, ainda “dentro das cavernas”, cuidando do lar, dos filhos.
Quando tudo parecia sacramentado para as mulheres, quando tudo parecia que sua essência feminina já estava consolidada e ela passaria o resto de sua existência “dentro das cavernas”, o rumo da história mudou: com o advento da primeira e segunda guerras mundiais os homens foram para o campo de batalha, as mulheres sentiram que deveriam preencher a lacuna deixada pelos seus maridos no mercado de trabalho para continuar cuidando e protegendo, só que agora de um jeito totalmente diferente. Muitos homens não regressaram para seus lares, assim como muitas mulheres também não o fizeram, decidiram arregaçar as mangas e por muitos anos foram até negligenciando sua essência feminina. Esse fator histórico introduziu a mulher quase que “a fórceps” no mercado de trabalho e, hoje, podemos afirmar, de acordo com pesquisas, que um terço das famílias mundiais são lideradas por mulheres e que a força feminina nos ambientes corporativos já se equiparou com a força masculina.
Mas é preciso compreender que, no universo corporativo, a palavra “empresa” possui uma conotação feminina, mas “negócio” é, em sua essência, masculino. Se, por um lado, características masculinas marcantes são direção, foco, proatividade, concorrência, pensamento lógico e linear, podemos dizer que conexão, receptividade, colaboração, multidisciplinaridade e emoção são características essencialmente femininas. Então, eis o grande dilema feminino: para poder se adaptar ao contexto altamente competitivo e com uma essência “masculinizada” dos ambientes empresariais, muitas mulheres ainda não se conscientizaram de que, para se constituírem como personalidades importantes no universo corporativo, precisaram abdicar, parcial ou integralmente, da sua essência feminina, se transmutando, em alguns casos, em versões “masculinizadas” de mulheres que atuam com características que também são, essencialmente, masculinas.
E o que seria um grande diferencial da mulher que é, justamente, suas características essenciais de cuidar e proteger, acabam sendo negligenciadas e, até mesmo, desvalorizadas pelas próprias mulheres para poderem se adaptar às necessidades de um mercado altamente “masculinizado”.
Neste contexto, podemos perceber 3 tipos de situações muito bem distintas no que diz respeito à mulher moderna e o entendimento ou desentendimento de sua essência feminina:
• Mulheres que ainda não saíram da sua essência original
Um exemplo clássico é o das mulheres que não foram para o mercado de trabalho e que preferiram se dedicar, única e exclusivamente, ao ato de cuidar e proteger, constituir família e cuidar dos afazeres domésticos. As principais dificuldades encontradas por estas mulheres é que elas ficam totalmente dependentes de um sistema, se anulam com seus gostos, não investem no seu desenvolvimento.
• Mulheres que abdicaram, parcial ou integralmente, da sua essência
Podemos citar o estereótipo das mulheres workaholics muito bem sucedidas profissionalmente, totalmente independentes, mas que não “encontram tempo” para estabelecer relacionamentos afetivos duradouros ou mesmo constituir família e ter filhos.
• Mulheres que estão procurando equilibrar ou resgatar a sua essência
São as mulheres que encontraram um caminho para equilibrar sua essência com a carreira. Temos no Brasil, atualmente, inúmeros cases de sucesso de empresárias que mantém o seu próprio negócio ou profissionais que trabalham em ambiente corporativo e que estão também em total sintonia com sua vida pessoal, afetiva e até materna. Segundo o SEBRAE, nos últimos 10 anos, cresceu em 22% o número de mulheres empreendedoras no Brasil.
É preciso entender que estas mulheres são vencedoras, seja pela sua força de vontade ou pela sua capacidade de agregar valores emocionais em tudo que acreditam e ainda estão criando um modelo único e diferenciado de sucesso e, com certeza, daqui há alguns anos serão exemplos para uma nova geração de mulheres bem sucedidas e, principalmente, totalmente alinhadas com sua essência feminina.
Assumir de vez a bandeira da sua “mulheridade”, procurando não se comparar ou superar os atributos masculinos, mas sim acreditar que são forças distintas e preciosas que se complementam, talvez seja o melhor caminho para viver intensamente o seu lado feminino, a sua essência da mulher vencedora.
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